sábado, 28 de maio de 2011

Pela lente das metáforas




Conforme a gente tenta entender a vida, a gente aprende sobre ela. Esse é um processo subjetivo, para cada um, acontece de um jeito. O que fica na nossa mente não é a realidade exata, espelhada, mas uma representação dela, uma interpretação. A gente entende e explica (teoriza) a vida através das metáforas.

À medida que a gente aprende, as metáforas vão se modificando. Podemos complexificá-las ou jogá-las fora e trocá-las por outras bem diferentes.

Isso acontece no nosso dia-a-dia e também quando fazemos "ciência".

A idéia do átomo, do sistema solar, do corpo humano, da mente, já foi explicada de diversas formas, através de diferentes metáforas. A mente, por exemplo, pode ser uma "caixa preta", um computador, uma rede...

Isso ocorre também, óbvio, quando tentamos explicar a nossa existência. Quando tentamos responder àquelas velhas e persistentes perguntas: afinal, por que estamos aqui? Para onde vamos depois de morrer? Vamos mesmo ou simplesmente acabamos de vez? Qual a grande lei que rege tudo isso? Como tudo começou?

As respostas, as mais diversas: O caos, o acaso, Deus Pai, Pacha Mama, Deuses, Deusas, orixás, céu e inferno, anjos, santos, espíritos, "nosso lar", energia, adão e eva, o big bang...

O que é a vida? Uma brincadeira, um jogo, uma escola, um teste, uma viagem, uma passagem...

De metáfora em metáfora, podemos ir nos aproximando do que pode ser, sem nunca chegarmos, pois metáfora é sempre metáfora.