terça-feira, 13 de setembro de 2011

Que gostaria você de sonhar esta noite?



É o que me pergunta Cecília Meireles, convidada desta noite a dormir na cabeceira.

O dia é a coleira que nos abraça até que o sono nos liberta, com condições...

“Corra, voe, dance, brinque, dê pirueta no mundo! Vá, mas volte logo, sem que ninguém a veja! (E nada de fotos, nem filmes!) Quando voltar, levante apressada e não dê brecha pra consciência... Vai que na noite, nesses sonhos sem sentido, ela descobre um novo sentido pros dias?!”

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Raulzito e o 7 de setembro


Saber o que é “ouro de tolo” não é um problema. Basta colocar no Google. O difícil talvez seja entender o que o Raul Seixas disse nessa música, mais precisamente na estrofe:

Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...

Não sei qual droga ele usou pra escrever isso, mas não importa, ele parece ter dito algo que me interessou...

Hoje, 7 de setembro, eu, a personagem de Em outra galáxia, volto a visitar o planetinha azul. Antes de chegar, lá do alto, procuro ver aquelas divisões sobre as quais havia lido na minha pesquisa. Eis que não vejo nada, nenhuma linha, nenhuma cerca...

Desço novamente no tal país barulhento e descubro que é dia da independência do Brasil, que levanta suas bandeiras em comemoração. E surgiu a dúvida: que graça tem ser independente? No meu planeta, o barato é estar juntinho, é ser um só.

Bom, pensei, e se os terráqueos têm tanta mania com esse negócio de bandeira, eles devem ter uma pro planeta também. Curiosa pra ver se eles carregavam alguma bandeira assim, dei uma volta pelos países e nada...

Resolvo voltar logo pra minha casa, pra tentar pensar no que tinha visto. Parece que os humanos buscam segurança e conforto se separando, se dividindo. Será que se eles se vissem de onde os vejo, perceberiam que são todos uma coisa só e que essa idéia de “nação” é um conceito limitado?

Neste dia 7 de setembro, levanto, então, a bandeira do planetinha azul e digo: “salve Raulzito!”

(OBS: Esse post faz referência a outro: Em outra galáxia